quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Tantos eus


Tantos eus
Eu sou figura de linguagem
Dos pés a cabeça
E mesmo que você me peça
Não consigo parar de metaforizar
                           
Sou hipérbole,
Um paradoxo sem fim
A ambiguidade
No contexto mais personificado
O pleonasmo de mim

E mesmo que não aconteça
Que a caneta não escreva
Seria ainda metonímia
Uma alegoria cacofônica
De coisas da minha cabeça irônica

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