sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Manhã de sábado

Manhã de sábado
Sou dotado de muitas patologias. E quem não o é? Nessa sequência de heresias, viver é, por si só, poesia. Ventre de mulher.
Amanhã, Juliana, vai ter pão de padaria. Café, e nós dois assim, felizes. Verso escrito. O café esquenta meus verbos! Sou seu caderno, minha mulher lapiseira. E toda a canseira, vira um festival de alegorias. Pão pela manhã é poesia. No calor das suas pupilas, a perseguir os olhos meus. Minha metade mais linda. Meu inteiro que aconteceu. Você é o pão quentinho das manhãs, a receber manteiga derretida... Tão eu!
Amanhã é sábado. E eu vou te costurar no pijama que eu insisto em tirar. Quero me vestir de você. Pães sobre a mesa, a servir sutilezas. As mãos a dividir os talheres, e meu Y intimida-se diante de um X que tenho e não nego. E tanto mais sincero! Sou seu gosto de quero. Hoje, amanhã, pra sempre! Eterno! Minha alegria, fantasia que não quero tirar. Amanhã é manhã de sábado.
Logo mais, vamos almoçar.

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