Clarão
Verás
no meu silêncio
A
forma mais manifesta de oração
Na
cartela, outrora cheia
Os
efeitos da medicação
Verás,
como
se de um olho precisasse a alma,
meu
corpo em ebulição
Para
dar forma à poesia
Onde,
nos escombros que levas nos ombros
Entendesse
minha alegria
Minha
contradição
Verás,
mesmo
que não queira
O
porquê sou dado a esses extremos
Como
se viver fosse pequeno
Retrato
só e de só nós dois
Verás,
não há segredo
E mesmo
que não queira
Verás!
No clarão
das incertezas
Como
se pra ver
Só
tivéssemos as sobrancelhas
Os
olhos, não!
Que
a tristeza é companheira
O
limiar da criação
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