Eu e tantos outros
Com
os pincéis do improviso
Eu
risquei céu colorido
Coloquei
algo a mais no seu porta-retratos
Fiz
a mistura do prato
Porque
é quando a gente cria
Que
a gente vira a gente
De
fato!
Com
as canetas da inconsequência
Mergulhei
o elefante
Fiz
voar o tubarão
Enchi
de fé o descrente
E
ironizei o perdão
Porque
eu só me sinto meu
Quando
me vejo ali
Esparramado
em folhas pelo chão
E
com os papéis da conversa
Lancei-me
para além do tempo
Além
de mim
Freei
a pressa
Dei
ao não a beleza da resposta
Que
muitas vezes só cabe ao sim
Porque
os outros são o eu que não está em nós
O
eu que estará em nós
Mesmo
depois do nosso fim