quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Com o giz na mão

Com o giz na mão
Ser da parede o concreto
O tijolo que não desaba
A vontade que não acaba
Ser vontade de mãe

Ser do riso o improviso
O rabisco na folha amassada
Piada sem graça
E mesmo assim
Todo mundo dá risada

E ser o nada
Para ter a oportunidade
De descobrir tudo
De ser do mundo
Para não ter medo de ser
Os olhinhos do futuro.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Tratado de dois mortais ante a imortalidade

Tratado de dois mortais ante a imortalidade
Sentar
E falar com os olhos
E dizer com as mãos
E amar com o corpo todo
E ser tão
Tão vivo e intenso
Pensamentos em comunhão
Para que o tempo aqui
Não seja momento
Seja imensidão!