sábado, 27 de fevereiro de 2016

Assumpta

Assumpta!
Seres celestiais
Anjinhos daqui e acolá
Cuidem bem dessas meninas
Para que elas continuem a nos olhar
Entre mães e tias
Não existe outras palavras
Que não sejam a junção de algumas letrinhas
Que no final a gente diz
ASSUMPTA!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Você livro

Você livro
Você é Feira
Anjinho de asas dobradas
Casa de praia
Cheiro de namorada
Você é palavra

Você é semente
É diferente
Presente dos querubins
É sim
E não também
Você é refrão

Você é candeia
A quebrar minhas cadeiras
Quando se achega em mim
Nos dias da semana
Você é todos eles
Dias-alegrias
Você é poesia
Você é assim...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Transumante

Transumante
Não repare no pranto
Que insiste dos meus olhos cair
É o grito dos meus agouros
Que insiste em sair
Sou eu nos meandros
Dos dias a porvir
Não quero falar dos meus tombos
Só quero continuar e seguir
Há tantos cantos
Um deles há de me servir


 


domingo, 7 de fevereiro de 2016

No silêncio da espera

No silêncio da espera
Janela, janela
Porta, tramela
Chove  lá  fora
E você não repara
Que já passa das 20 horas

Luzes natalinas
E a sina dos corredores lotados
Socorro!
Meu muito obrigado
Fico aqui!
Espero  no carro

Rolante, rolante
Nada muito interessante
Escrever é passatempo
E as sacolas levam as pessoas
Nessa selva de cimento 

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Eus inimigos

Eus inimigos
Meu travesseiro sabe de mim
E eu não sei
A casa conta os passos
Que eu já dei
As paredes e os quadros
Sou eu
E eu nem sei

São pensamentos intrusivos
Vão e voltam e vem
Ninguém agora está comigo
Sou eu?
Não sei
São riscos em um disco
A mesma faixa
Um milhão de vezes
Repetindo
"Eu errei"

Daí, o doutor me explica
"Tome conta da sua cabeça
A dosagem é essa mesma
Por que a surpresa?"
Morre aos poucos
Quem não mata seus eus inimigos
Pelo menos uma vez








imagem extraída do sítio http://irio.deviantart.com/art/Autodestruction-106125996