quarta-feira, 29 de maio de 2013

Momento meu

Momento meu
As melhores coisas
A gente escreve
E guarda na gaveta
Para ler e se perguntar
Que ideias são essas
De um mundo com paredes desenhadas
E casas sem trancas e nem fechaduras
Onde acertar é também fazer a coisa errada
Onde existir seja
Por si só
A mais divina das perguntas
...
E viver seja a melhor das respostas


Paz

Paz
Hoje eu tive
Uma vontade danada de chorar
Não sei se é porque eu ouvi a vida
Nas músicas que eu gosto de escutar
E chorei de alegria
Uma espécie de amor molhado
Chorei porque eu senti a vida
E Deus sentado ao meu lado

Hoje eu sorri...

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Réquiem para dias melhores


Réquiem para dias melhores
Trocaria as minhas letras
Por mais um sorriso do meu irmão
As minhas certezas
Para responder as angústias do meu irmão
E ainda acho que seria pouco
Diante de tudo
Que eu tenho em mãos

Trocaria as minhas conquistas
Em nome da alegria do meu irmão
E minha insignificante sabedoria
Pelas incertezas do meu irmão
E sei
Que ainda seria muito pouco
Diante de tudo
Que a vida ensina nesta
E em outra dimensão...

Seria muito pouco
Mas seria de coração...

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Poesias publicadas


Poesias publicadas
Aos poucos
Vou ficando nos livros
Encompridando meus riscos
Escrevendo para além de mim

Aos poucos
Vou deixando os versos
Refrãos impressos
Alongando a ideia de fim

E serão tantos
Os que juntos
Escreverão comigo
Que a fome do tempo
Não deixará a partida
Ser sinônimo de esquecimento

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Portão aberto

Portão aberto
Consciência de que a infância
Faz as pernas do mundo adulto
No tempo-viaduto
Crescer é de suma importância

Por isso, não teve cadeado
Mas portões e janelas abertas
Para que a descoberta
Me fizesse crescer 
Nos mais diversos significados

terça-feira, 14 de maio de 2013

No casamento do Rafinha


No casamento do Rafinha
Sentados em volta da mesa
O espetáculo da rima
Amizades verdadeiras
Existência bailarina

Então, o Ivan puxa a conversa
E o Daniel pede para eu contar
Qualquer coisa que seja
No exercício sublime de compartilhar

E a Jessika espelha
O companheiro que não veio
Onde cada minuto é inteiro
Para que a gente não esqueça
O quanto é verdadeiro

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Lendo poesias


Lendo poesias
Célebre bailarina
Que desliza no branco do papel
Carregada de confetes e serpentinas
Não precisa ser carnaval

Célebre dançarina
A me conduzir sem hesitação
Carregada de dengos e rimas
Voar sem tirar os pés do chão

Célebre odalisca
No oásis da criação
Onde tudo que é certo
Fica incerto
Onde o que está errado
Vira solução 

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Depois do sono


Depois do sono
Sou o sacolejo do trem
O beijo que não dei
A história que não acabou

Sou um incomodo
Nos cômodos do meu apartamento
Sou o arrependimento
De algo que não ficou

E sou o concreto do imaginário
Na concretude do amor
Sou o recesso de um calendário
Que nem ao menos começou