quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Do vaso de flor que o meu irmão entregou

Do vaso de flor que o meu irmão entregou
A felicidade é borboleta
Que cintila e voa
Alegre e bonita
E a gente fita
Com olhos de admiração

Para o meu irmão
Felicidade tem nome e carta
Chama-se Lighia
E a gente acredita
Que amar
Amar e só
É a melhor medicação...

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Viver

Viver
Amar a vida
E ser tanto
E descobrir que nada é pouco
Que sempre tem a hora
O momento exato para acontecer
E transpirar encantos
Conhecer os cantos
Do mundo imenso
Que há dentro de você
Sei lá!
Acho que isso é viver

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Logo que o Sol raiar

Logo que o Sol raiar
Ter a feminilidade
A docilidade de Miriam Makeba
E deixar sobre a mesa
Os dizeres de Sêneca
E rasgar as penas da desilusão
Com o sorriso da Poliana
E vestir o pijama
Do pequeno príncipe de Exupéry
E sorrir
Logo que o Sol raiar
Porque amanhã é 16
Amanhã é o aniversário do Rafa!

Seresta moderna

Seresta moderna
Troco todos os dias
Por mais alguns minutos com você
Meu LP dos tempos modernos
Meu melhor CD

Troco de roupa no frio intenso
E gracejo para o vento
Que insiste em me lembrar
Que sem você sou brasa morta
Fogueira que não quer queimar
Minha carta dos tempos modernos
E-mail que acabou de chegar...

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Simplicidade

Simplicidade
Andar descalço
Com pés sujos de lama
Sem culpa
Sem pedir desculpas
Porque errou
Em uma busca
Por caminhos que ninguém nunca andou
Onde o tempo é quem educa
Não sendo necessário estar calçado
Para ser doutor...

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Paleta de tintas

Paleta de tintas
É de um azul que cintila
De um vermelho que brilha
De um rosa furta-cor
É de uma caixa de sonhos e desejos
Qual é a tinta que eu uso?
Eu pinto com amor!

Eu e tantos outros - Contos e poesias

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Pisando nos formigueiros

Pisando nos formigueiros
para a minha mãe, que sempre me deixou andar descalço.
Vamos combinar, viver é algo extraordinário. Falo isso porque às vezes me voltam coisas na memória que me fazem pegar o papel (o primeiro que eu encontrar), sentar e escrever. Escrever sobre viver, sobre a vida, sobre essa coisa maluca de ser. Ser o que, eu não sei... Mas ser já está de bom tamanho. E as folhas se tornam meio que um diário de folhas soltas e esparramadas. Meu diário sem capa.
E das muitas coisas que voltam a minha memória, muitas delas são lembranças da minha infância. E nem sei o porquê disso ocorrer, o porquê de tantas lembranças desta fase da minha vida. Até porque, se formos colocar em uma linha do tempo, a infância é tão pequena que chega a ser momento. Mas é sublime, é lindo... É descobrimento.
E uma das coisas que lembro me é de como queria ser outros seres. Pássaro, gato, formiga. Nossa, já quis ser formiga! Daquelas pequeninas, que parecem carregar o mundo nas costas. Que tropeçam nas reentrâncias dos nossos dedos e procuram a porta... Daquelas que a gente só vê se estiver com o olho atento, procurando algo, não necessariamente a formiga. E a gente olha para os nossos pés, bem embaixo da nossa sombra, e grita: “olha gente, VIDA!”.
Dos formigueiros que desbravei com aqueles capins-cabelo, daqueles que quando a gente puxa parece sair o formigueiro inteiro, uma coisa sempre me fascinou, me deixou tentando procurar resposta. Aviso, não me julgue idiota. Eu me maravilho com determinadas coisas mesmo. E acho que elas guardam certo tipo de segredo que a gente só descobre depois que morre, quando senta para perguntar para Deus. Perguntava-me quantas vezes as formigas reconstruiriam o formigueiro que o meu pé desatento fez questão de pisar. Quantas vezes elas iriam sair, e sem demora, recomeçar? Pedra sobre pedra, no exercício poético de que amanhã outro pé, não necessariamente o do Pedro, vai pisar. E daí, o que resta? Colocar tudo de volta no lugar.
E eu ficava pensando que aquele seria o exercício que legitimaria a vida, que torna a formiga, formiga. Ela não pensa se amanhã haverá outro pé igual ao meu sobre o seu formigueiro. Por isso ela faz para ser perfeito, para durar, ficar inteiro. E assim, utilizando talvez a filosofia da formiga, devêssemos enxergar os nossos dias. Reconstrução, seja das coisas que caíram, seja daquelas que pisamos ou pisaram em cima. E não é uma questão de rima, mas a vida carrega essa obra-prima: a possibilidade de refazer e fazer de novo.
Por isso, e talvez só por isso, viver seja tanto, apesar de aproveitarmos tão pouco. É o estender a mão, abraçar o outro, demonstrar gratidão, perdão, descobrir-se ainda não estar pronto. E pronto tentar refazer. Eu quero um dia nascer formiga. Assim, saberei das coisas que os gigantes, que porventura pisarem na minha casa, adoram fazer.

O exercício de ser

O exercício de ser
Primeiro, a gente se ama. E só depois, consegue amar o outro!
Quando eu crescer
Com os versos que escrevo
E aprender a ser
Os cadernos que tenho
Saberei então dizer
O que eu desejo
E aprenderei a renascer
Sem medo!

Quando eu escrever
Coisas que não consigo
E guardar comigo
As palavras que eu digo
Então deixarei de ser
Um rabisco ou travessão
Sendo a minha melhor
E talvez única
Criação!
Serei eu,
então!

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Outubros

Outubros
Então eu descubro
Que outubro chegou
Seja porque Manoel me faz lembrar
Que o rio logo dá peixe
Que logo, logo dá para pescar
Seja porque agora
Mês vai na casa da dezena
Seja porque o sabiá
Já se pôs a cantar.  

E, assim logo chega
O tempo de gastar mais tempo
Sentado comigo
Na beira d’água
Junto com os amigos
Sob um azul céu
E logo celebrar
O aniversário do Rafael

E vira tempo
De coisa farta
De muitas frutas e verde vida
Tempo de jardineiros com asas
Tempo de existências coloridas