Prosadeira
A
leiteira no pé da cerca
Você
de trança no cabelo
Se
adiante que logo começa a festa
Vê
se não dá uma de brejeira
Já
estou ficando ligeiro
Afinal,
vão todos os compadres
E
também as comadres prosadeiras
Enquanto
a gente se esquenta na fogueira
Você
pode botar reparo na vida alheia
E
depois confessa tudo no nosso travesseiro
Na nossa prosa madrugadeira
Se
adiante e logo se aprume
Te
espero logo ali na frente,
na
porteira
Certo
de que a cerca não divide nada
Nessa
vida matadeira
Que
leva e devolve sem pressa
E
nos ensina
No
estalo da madeira
Que
viver é encher leiteiras
E
derrubar cercas
Amar
até dar canseira...