quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Culpa

Culpa
É gesso que médico não tira
Medo que vicia
Vontade de não mais
É pouco
Mas parece ser tão tanto
É pranto
Dói demais

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Barulho

Barulho
Foi mergulho
Fez som de nada
E de tudo
Ficou mudo
E fez barulho!
O silêncio diz tudo
Diz que a vida é o eco
Dos dias de ontem, hoje...
Projetos futuros
De um poeta com engulhos
Diante da certeza
De que o silêncio
É o mais ensurdecedor dos barulhos...
E FEZ BARULHO!

sábado, 3 de janeiro de 2015

Prosadeira

Prosadeira
A leiteira no pé da cerca
Você de trança no cabelo
Se adiante que logo começa a festa
Vê se não dá uma de brejeira
Já estou ficando ligeiro
Afinal, vão todos os compadres
E também as comadres prosadeiras
Enquanto a gente se esquenta na fogueira
Você pode botar reparo na vida alheia
E depois confessa tudo no nosso travesseiro
Na nossa prosa madrugadeira

Se adiante e logo se aprume
Te espero logo ali na frente,
na porteira
Certo de que a cerca não divide nada
Nessa vida matadeira
Que leva e devolve sem pressa
E nos ensina
No estalo da madeira
Que viver é encher leiteiras
E derrubar cercas
Amar até dar canseira...