Do
cadarço que não amarrei bem, da toalha que ficou dobrada. Do copo que não
enxaguei, do barulho que faço, da minha algazarra. Tudo tem um pouco de você,
nas minhas muitas vezes em dizer: eu quero mais. Mais cadarços desamarrados,
mais toalhas molhadas, mais copos não enxaguados, mais barulhos no silêncio das
nossas tardes e madrugadas. Porque assim você sempre, sempre irá lembrar-se de
mim, irá lembrar-se de olhar para mim.
Do
lanche que eu fiz para você, do vestido que você acha que não vai servir, dos
cabelos que você insiste em arrumar, dos lugares onde você mais gosta de ir.
Tudo tem muito de você, de você em mim. Mesmo que você não veja, é como a
engrenagem que faz meu corpo não parar, movido por palavras, melhor, poemas, que
as mãos fazem questão de criar. E eu quero mais, além da dose necessária. Trafegar
pelas estradas da vida, tendo você como única parada. Porque assim eu sempre
irei lembrar-me dos gostos e de como é gostoso ter você, sentir você perto de
mim. Minha melhor parte, o todo que ninguém calculou, um olhar-me nos olhos
teus, sentido o seu cheiro em meu corpo.
Dos
motivos que eu te dou, da inspiração que você me traz. Do melhor do que você já
pensou, daquilo que só você faz. Um tratado onde existe um infinito chamado
amor, quintessência dos mortais. Dos diálogos que só o nosso quarto gravou, dos
capítulos de um livro com mil finais. Tudo tem você, você e muito mais. Das
coisas mais simples que você já fez, das mais intensas que você me faz. Porque
ninguém escreve melhor a palavra amor do que as suas mãos a me pedir mais. Ser
melhor, ser vivo, capaz, minhas muitas vezes, muitas vezes mais. Minha parte
plena e única, minha grande-pequena. O melhor dos meus poemas!
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