Homo lápis caneta
Sou uma compulsão incrível
A fome da letra.
Sou insaciável.
Sou a minha caneta.
Sou o discurso
O improviso
O desenho na minha camiseta
Sou o verso mal escrito
A vontade de escrever tudo tão depressa
Sou os meus discos
Meus quadros na parede
Sou a culpa
E a falta de juízo
Sou a dor na consciência
Sou o dedo no interruptor
A vontade de puxar o fio da tomada
Sou o diagnóstico do doutor
E escrevo
Para continuar sendo nada...
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