terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Finais de dia


Finais de dia
E então fez Sol o dia todo. E pudemos brincar. E brincar de novo. E não tinha hora para acabar, em um continuar tão gostoso como ir ver o primo, passar o dia na casa da tia. E logo do lado estava a casa da avó, com suco na geladeira. E depois a mãe da gente vinha buscar. E em casa a gente colocava o colchão na sala, escalava, subia até a última estante da prateleira. E do alto a gente pulava. Pulava tanto que chegava a dar canseira. E a fumaça entrava pela sala, no esforço quase poético do nosso pai, querendo acender o fogão a lenha.
E então sobrava tempo para descer as escadas com a caixa de papelão, onde veio a geladeira. E depois subíamos no pé de goiaba. E torcíamos para não haver mais segunda-feira. De preferência, nenhuma feira. Só sábado e domingo. E o infinito de dias de brincadeiras. E logo chegava a canseira. E a festa virava sono pesado, onde o último palco era o quarto. No ensaio onde crescer era tempo distante. Hoje materializado pela tinta desta caneta.

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