Sobre escrever
Nasce
menino
Menino
capaz
De
olhos retintos
Nasce
uma vez mais
Nasce
menina
De
saias e fitas
No
bordado das delícias
E
nasce uma vez mais
O
tempo acredita
Que
é tempo demais
A
imortalidade beatifica
Errar
uma vez mais
Nasce
Porque
nascer é morrer
Uma
vez mais
Nasce
do ventre do Pai
Nasce
dos anseios dos mortais
Eu
morri em mim
Tantas
vezes quanto nasci
Nos
devaneios da poesia
Nasci
como refrão
No
desespero de morrer
Como
rima
Uma vez mais
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