Vivo
onde o petróleo queima
Onde
é mais difícil escrever um poema
Onde
o dilema se dá depois que a chuva cai
"A
gente sai ou não sai?"
Por
isso, passarinho!
Vivo
nessa confusa confluência
De
pessoas que estão sem estar
Uma
ingrata dependência
Que
me permite adorar reclamar
E
por isso, eu passarinho!
Chego
a me tomar como um ermitão
Que
de pijama se queixa
Quando,
após o estrondo,
Vem
o apagão
E
por isso tudo, eu passarinho!
E já
quase arrependido
Decíduo
lápis em minhas mãos
No
meio de carros e edifícios
Antenas
de rádio e televisão
Avisto
e sorrio
Passarinho
Por
isso, passarinho
Arranco-me
do chão
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