sábado, 17 de fevereiro de 2018

Passarinho

Da janela do meu ninho
No meio dessas árvores de concreto
Perco-me, é certo!
Quando vejo um passarinho
Que voa, destemido
Nesse céu que parece um deserto

A gente é chão
Acobertados pelo manto azul
Nas linhas nuvens brancas
Quero voar para lugar nenhum
E como eu não voo, eu escrevo!
E escrever é colocar-se nu


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