sexta-feira, 7 de outubro de 2016

P.H.M.R.

P.H.M.R.
Minha garganta é poesia
Os versos são meus dias
Moro nos livros que sou
Tão mais literário do que o lápis e a caneta
Sou idiossincrasia
Sou!

Minhas mãos são letras cursivas
E as meninas dos meus olhos as rimas
Morro nos refrãos que sou
Tão mais literário do que a saudade e o poeta
Sou metonímia
Sou

E que não me faltem os vocábulos
Caso contrário, viverei de onomatopeias
Dê-me um chão papel
Que eu escavo
Ironia é não se achar nada
e morrer com a própria ideia

Tão mais literário que o seu sorriso
Sou hipérbole desregrada
Eu era!

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