Ceifeiro
O
homem é o vaso da palavra
Não
apenas quem ouve
Mas
também quem fala
Porque
a palavra é rara
Se
tomada em seu silêncio
Seja
porque as vezes falamos para o mundo
Seja
porque as vezes falamos para dentro
No
silêncio da folha quarto
Antes
da cabeça ter seu parto
A
palavra germina
Não
precisa ter rima
Se
adubada com vigor
Eu
sou agricultor desse campo a perder de vista
O
exercício da escrita
Me
faz sair de mim
Ser
vaso de tantos outros
Na
sutileza de ser assim...
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