quinta-feira, 26 de março de 2015

Grávido!

Grávido!
Sou gestante incontido
Parturiente do verso e da prosa
Grávido de muitos filhos
De uma gestação que não é minha
É nossa!

Sou parturiente de papéis atrevidos
De quem tem olhos e ouvidos
No coito do lápis com o papel
O rabisco fértil
Que engravida até de um dedo de conversa
De uma gestação que não é só minha
É nossa!

E acabo concluindo
Que esses meus filhos
São rebentos pequeninos
A rasgar o tempo e a história
A palavra é mesmo o registro
Do que se guarda na memória
... a poesia é apenas a forma...

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